"Queríamos encontrar um jeito de tornar essa experiência mais tolerável", disse Noah Lechtzin, do departamento de medicina da Universidade de Baltimore. "Então fizemos um estudo no qual pacientes olhavam dois tipos de imagem durante o exame: cenas da natureza acompanhadas de sons agradáveis ou cenas da cidade, com seus barulhos típicos." A imagem relaxante mostrava uma região próxima às Cataratas Vitória, na Zâmbia, e era acompanhada de passarinhos cantando. A da cidade retratava uma rua movimentada, com vários carros e pessoas caminhando apressadamente.
Os pesquisadores mediram então o nível da dor dos grupos de pacientes e perceberam mudanças significativas. Pacientes que fizeram o exame sem ver nenhuma foto registraram dores no nível 5,7 de uma escala conhecida como Hopkins Pain Rating. Já os que observaram a paisagem natural relataram, em média, níveis 3,9 de dor. Os pacientes que viram as fotos da cidade registraram índices semelhantes aos dos que não viram nenhuma imagem. Isso, segundo Lechtzin, prova que a redução da dor não é apenas uma questão de distrair o paciente.
"Acredito que há certos tipo de elementos na natureza que relaxam mais as pessoas", afirmou. "Não seria interessante colocar uma foto de pedras que possam esconder animais perigosos. Mas cenas de água correndo, por exemplo, são muito úteis, especialmente se acompanhadas de sons de passarinhos cantando e do vento batendo nas árvores."
Fonte: terra.com