Era para ser uma tarde de festa em uma casa de veraneio no loteamento Ponta de Serrambi, mas o barulho provocado pelo som alto incomodou a vizinhança que decidiu acionar os seguranças da empresa particular Serrambi Segurança Patrimonial (SSP), que presta serviço no loteamento.
O locatário da casa não gostou da abordagem dos seguranças e teve início uma discussão e uma bala perdida atingiu a estudante universitária Flávia da Mota Silveira, 21anos.
O tiro perfurou a coxa esquerda e a bala se alojou na altura do quadril. Ela está internada no Hospital Esperança e deve se submeter hoje a uma cirurgia. De onde partiu o tiro é o que a polícia terá que descobrir. Há duas versões para o caso.

A discussão se acirrou e outros ocupantes da casa foram em defesa do empresário. ´É um absurdo. Eles chegaram aqui armados e deram um tiro que atingiu uma das moças que estava na festa. Eles são seguranças particulares não deveriam andar armados`, afirmou Lapenda. O empresário confirmou ao Diario que tem arma e porte legal, mas não chegou a utilizá-la. ´A arma estava guardada e não deu tempo ir buscá-la. Foi tudo muito rápido`, contou. Ele disse ainda que incendiou as duas motos usadas pelos seguranças, que acabaram fugindo do local. Depois acionou o 190 e prestou queixa na delegacia de Porto de Galinhas.
O advogado da empresa Serrambi Segurança Patrimonial, Carlos Queiroz, disse que o empresário está tentanto inverter a situação. Segundo o advogado, os seguranças da empresa não andam armados e o tiro partiu da arma do dono da casa. ´Foi ele quem atirou e acabou atingindo uma pessoa. Aliás, ele próprio narrou no boletim de ocorrência que atirou nas duas motos. Foi por causa dos tiros que as motos se incendiaram`, afirmou o advogado. O Diario foi à delegacia de Porto, mas o agente de plantão informou que as ocorrências só estariam diponíveis a partir de hoje.
De acordo com Carlos Queiroz, o dono da SSP, Luiz Mário de Melo, vai entrar hoje com duas ações: uma por causa de danos materiais e outra por tentativa de homicídio aos dois seguranças. ´Os seguranças estão na casa de parentes e nós vamos apresentá-los amanhã (hoje) na delegacia de Porto`, afirmou o advogado. Sobreo fato dos seguranças particulares atuarem como polícia mandando baixar o som, o advogado Carlos Queiroz disse que eles estão acobertados pela Constituição. ´Som alto é uma questão de ordem pública. Qualquer pessoa que se sinta prejudicada pode reclamar`, afirmou. Ele disse, ainda, que os moradores estão fazendo um abaixo-assinado em defesa dos seguranças.
Fonte: diariodepernambuco.com
Por Leticia Andrade
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