O caldinho é mania no Nordeste, principalmente entre os recifenses. Na praia, no barzinho, de dia, à noite. Mesmo com o calor, os amantes deste petisco não deixam de saborear. O caldo integra diversos ingredientes, de acordo com o gosto de cliente. Ele pode levar camarão, ovo de codorna, torresmo, azeitona, milho, calabresa, charque. Depois de cozidos e triturados, viram um dos petiscos mais pedidos dos bares.
Os sabores podem ser de feijão, de peixe, dobradinha, camarão. A cozinheira Vânia da Silva conta o segredo para obter um delicioso tempero: “Se você faz esse caldinho de um dia para o outro, ele altera o sabor, ele ficar mais saboroso”.
O caldinho de feijão é o preferido dos clientes. O servidor público Karlson Correia é um dos amantes do quitute. “Apesar de não combinar com o nosso clima, mas é tradição do nordestino, principalmente do recifense, tomar caldinho no barzinho”, conta.
De acordo com o gerente da Vigilância Sanitária do Recife, Luiz Paulo Brandão (foto 4), no ano passado, a Prefeitura do Recife fez um treinamento com todos os comerciantes das praias de Boa Viagem, Pina e Brasília Teimosa, incluindo os vendedores de caldinho. “Então eles já estão sabendo como se deve oferecer o caldinho para a população. A Vigilância Sanitária já está fazendo esse monitoramento para ver como está a venda desses produtos”, afirma.
Mas a população deve estar atenta. A dica de Luiz Paulo é manter a fidelidade ao comerciante antigo. “Se já tem um comerciante que você sempre compra a ele e nunca teve nenhum problema, você pode continuar comprando”.
Além disso, é preciso observar os aspectos do produto: “Se está realmente quente, na temperatura de fervura, acondicionado em garrafas térmicas e bem asseadas. E também a questão do ovo de codorna e outros alimentos que eles adicionam. Eles têm que ficar em um depósito térmico com gelo. Porque depois de 2h em temperatura ambiente, esses alimentos começam a se deteriorar. Com gelo, o tempo de conservação é maior”, alerta.
OSTRA
O gerente da Vigilância Sanitária alerta, ainda, para o consumo de ostras: “É preciso procurar saber se as ostras são de viveiros, como tratam essas ostras. Porque, assim como marisco, a ostra filtra as impurezas da água, acumula dentro dela e quem se alimenta daquilo pode ter algum problema gastrointestinal. Além disso, ela também tem que ser vendida em depósito com gelo”.
PICOLÉ
“No caso dos picolés, nós orientamos para comprar o produto com procedência, aqueles que vêm de fábrica. Esses “sacolés” caseiros, a gente não está deixando vender, isso também foi repassado na capacitação”.
RASPA-RASPA
“Já no raspa-raspa, o gelo tem que ser de fábrica, licenciada pela Vigilância Sanitária, seja do Recife ou de outro município da Região Metropolitana. E o vendedor tem que estar com essa licença nas mãos, para que a população saiba dessa procedência”.
Fonte:PE360graus
Por Alana Oliver
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