Segundo o pesquisador, a habilidade indica que o cérebro da criança consegue integrar informações e manipular dados. O estudo, que não aponta nenhuma relação entre as pequenas mentiras contadas na infância e qualquer tendência para uma trapaça ou fraude maior no futuro, analisou o comportamento de 1,2 mil crianças entre 2 e 17 anos, concluindo que:
- até os dois anos de idade 20% das crianças mentem
- com três anos, o número sobre para 50%
- com quatro anos, 90%
- com 12 anos, quase todas as crianças contam mentiras
Mas, a despeito do aspecto científico postivo (o desenvolvimento cognitivo), não quer dizer que a mentira deve ser incentivada como algo educativo ou produtivo. O que não nos impede, vejam bem, de incentivar a fantasia infantil, com brincadeiras e atividades que possam lhes proporcionar momentos deliciosos.
E é Cybele Meyer,pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, que garante que “conforme a criança vai crescendo, ela mesma vai testando suas hipóteses e naturalmente vai descobrir que é fantasia e, por incrível que pareça, irá incentivar a fantasia junto às crianças menores da família numa atitude de amadurecimento e triunfo por se sentir crescida.”
“A mentira acontece quando se induz alguém em erro para tirar proveito próprio ou camuflar a verdade que mais cedo ou mais tarde, trará consequencias nefastas. Ninguém mente sem qualquer intenção. Há sempre um dolo na mentira, diferente da fantasia no qual o objetivo maior é promover um clima de alegria e satisfação.”
Fonte: samshiraishi.com