
“Sei que muita gente não quer que chova por conta das barreiras, mas a gente pede para chover, pois água a gente não tem”, falou a dona de casa Verônica Lúcia da Silva. Outro morador, o aposentado João Nunes, também deu uma de engenheiro e comprou canos para levar a água direto das calhas até uma cisterna que tem no terraço de casa. “Foi uma ideia que eu tive com minha esposa de comprar no armazém os canos e colocar”, contou.
O vigilante José Carlos de Souza contou que já procurou a Compesa e ficou sabendo que o problema acontece porque apenas uma das duas bombas que abasteciam a comunidade está sendo usada. “Desligaram uma bomba porque uma mulher, que eu não sei quem é, não quer que ligue a outra bomba para não gastar energia, pois se passar de tal meta de quilowatts vai pagar uma multa ou a Compesa ou a firma prestadora de serviço”, revelou o morador.
Todos na comunidade estão revoltados com a falta d'água. E sofre mais que tem gente doente na família. “Tenho uma irmã doente, que não tem filho, ninguém pra ajudar ela a pegar água”, falou a dona de casa Dirlene dos Santos Serafim.
Na rua Ademar de Barros, os moradores recorrem a cacimbas para levar água para casa. A dona de casa Terezinha de Jesus dos Santos contou que o marido fez uma cisterna com quatro metros de profundidade. Mas ela vive vazia porque faz tempo que a água não chega. “Desde o dia 11 de novembro de 2010 não chega água. E eles dizem que a gente tem q pagar de qualquer jeito a conta”, reclamou.
A Compesa disse que está comprando equipamentos para melhorar a distribuição de água na comunidade de céu azul e que dentro de dois meses tudo será resolvido. Enquanto o problema não é resolvido, a companhia vai mandar carros-pipa para a comunidade e vai fazer ajustes na rede para melhorar a distribuição de água.
Sobre o pagamento das contas, a orientação do Procon de Pernambuco é que o as pessoas devem pagar as faturas para que não tenham o nome incluído na lista do SPC. Depois, elas devem procurar o Procon e se ficar comprovado que a cobrança foi injusta, o consumidor pode receber o dinheiro de volta.
Fonte:Pe360graus
Por:Alana Oliver
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