
Oitenta e seis anos depois de participar do cinema mudo, dona Didi volta a brilhar na tela grande e desta vez como personagem central do documentário 'Janela Molhada', que será exibido na abertura do Festival de Cinema de Pernambuco (Cine PE), neste sábado (30), no Centro de Convenções.
No documentário, Adriana Falangola, a dona Didi, ajudou a contar as aventuras do pai, o pioneiro do cinema mudo em Pernambuco, Hugo Falangola. "Está sendo uma coisa muito boa. Recordar é muito bom”, falou dona Didi.
Quem encontrou essa importante personagem do cinema pernambucano foi o cineasta Marcos Enrique Lopes (foto 4). “Dona Didi tem uma importância incomensurável porque este cinema mudo que a gente conhece não tem mais nenhum representante e ela é a última pessoa viva de uma época que é histórica”, avaliou.
O pai de dona Didi foi quem fundou a primeira produtora de filmes do Estado, a Pernambuco Filmes, de 1920. É dela o clássico “Veneza americana”, de 1925. Durante décadas, as imagens deste filme não puderam ser vistas porque estavam em péssimo estado de conservação.
Só depois de um processo trabalhoso e lento de recuperação, que durou sete anos, através de uma técnica chamada janela molhada, é que o passado ganhou vida e movimento outra vez. “Para eu chegar a reconstituição das imagens eu tive que primeiro recuperar os filmes porque eu não tinha como falar deles sem mostrar o que tinha na época”, explicou Marcos Enrique Lopes.
Fonte:Pe360graus
Por:Alana Oliver
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