O exame, ao chegar ao Brasil, deverá custar cerca de R$1500,00.
Um simples exame de sangue será, em breve, capaz de predizer quanto tempo uma pessoa vai viver. Há tempos, cientistas acreditam que o processo de envelhecimento é governado por minúsculas estruturas encontradas nas extremidades dos cromossomos, chamadas telômeros.
Cromossomos são pedaços de DNA que contêm genes.
Cada vez que uma célula se divide, seus telômeros se tornam menores, até o ponto em que eles se tornam tão pequenos que não pode haver mais divisões.
Veja na imagem abaixo um cromossomo e nas extremidades (no final da parte vermelha) estão os telômeros.
Envelhecimento
Acredita-se que essa falha em continuar a divisão, e dessa forma revigorar o tecido, está por trás do processo de envelhecimento.
Agora, cientistas americanos, que trabalharam com amostras de sangue de 20 anos de idade, apresentam novas provas para comprovar sua teoria.
Eles descobriram que o tamanho do telômero é uma boa indicação da probabilidade de uma pessoa viver 15 anos a mais depois de atingir 60 anos.
Pessoas com telômeros mais curtos, segundo os cientistas, têm um risco maior de desenvolver doenças ligadas à idade. E elas têm duas vezes mais chances de morrer em 15 anos, especialmente de doenças do coração e de pneumonia. Uma equipe liderada por Richard Cawthon, da Universidade de Utah, em Salk Lake City, estudou 143 pessoas com mais de 60 anos.
Eles descobriram que aquelas com telômeros maiores vivem de quatro a cinco anos a mais do que aquelas com telômeros menores.
As pessoas com telômeros menores têm três vezes mais chances de desenvolver doenças do coração e oito vezes mais chances de contrair uma doença infecciosa, especialmente pneumonia.
As suas taxas de morte por ataques e por câncer também são maiores, mas não o suficiente para serem consideradas significativas."Esse estudo reforça a hipótese de que o encurtamento dos telômeros é um processo fundamental no envelhecimento, contribuindo para a morte por múltiplas doenças ligadas à idade avançada", disse Cawthon.
"Se isso for correto, pode ser possível estender a duração da vida adulta usando intervenções médicas que manteriam o tamanho do telômero", explicou. A pesquisa foi publicada na revista The Lancet.
• Segundo a reportagem do Bom dia Brasil que revelou que o exame de sangue que pode predizer a morte foi criado pela espanhola Maria Blasto reforça que o teste significa uma estimativa de vida, não uma garantia de morte do indivíduo.
Ainda na reportagem foi dito que o tamanho do telômero dá uma expectativa de vida em função de quantas vezes aquela célula ainda vai se replicar.
Fonte: BBC, Bom Dia Brasil, saudecomciencia
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