Normalmente as séries policiais mostram o dia a dia profissional das equipes e, como extra, alguns lances da vida pessoal deles. Em “Close to Home” o trabalho de Annabeth Chase (vivida por Jennifer Finnigan) é o principal foco, mas o que acontece fora dos tribunais é muito importante no desenrolar da trama. Afinal, os crimes muitas vezes ocorrem “perto de casa” e ela possui um jeito muito especial de lidar com eles. Annabeth é uma jovem advogada criminalista que encara as descobertas da maternidade e novos desafios na carreira, precisando conciliar a vida profissional, em que enfrenta os casos mais escabrosos, com a pessoal, cuidando de sua pequena filha. Como promotora de Justiça da cidade de Indianápolis, ela utiliza a emoção mais até do que a razão e se envolve com a dor de seus clientes. Trabalha como se estivesse batalhando por sua própria vida e não mede esforços para que a justiça seja feita, mesmo que, para isso, tenha que bater de frente com seus superiores. Não é, de forma alguma, uma heroína invencível: ao decorrer dos episódios, mostra suas fraquezas e fragilidades e às vezes enfrenta a falta de confiança dos colegas em suas habilidades – apesar de ter perdido apenas um caso até hoje, comprovando assim sua eficiência. Coragem, contudo, não falta. A promotora vai além da fachada do subúrbio onde vive para decifrar os crimes que podem estar escondidos em suas aparentemente quietas e tranqüilas ruas, resolvendo casos que ocorrem praticamente em seu próprio quintal. Além disso, após o nascimento de sua primeira filha, Annabeth tem que protegê-la, já que esse pode ser um trunfo na mão de seus inimigos – e eles não terão problemas em usar a criança para ameaçar a promotora. Apesar da paixão em proteger sua comunidade, estar com a família ao final do expediente é mais importante do que qualquer condenação ou confissão. Seu lar, entretanto, foi abalado no último episódio da primeira temporada. Após resolver um caso envolvendo pedofilia na internet, Annabeth finalmente pretende tirar férias com o marido, que cobrava mais atenção ao casamento. Só que ele acabou sofrendo um acidente de carro, ficando em coma no hospital. No começo da segunda temporada, a má notícia: Jack (interpretado por Christian Kane), não resistiu. E agora, como a advogada cuidará sozinha da filha? Junto com as drásticas mudanças em casa, vieram novidades no trabalho, com novos colegas. Enganou-se, no entanto, que pensou que o drama investiria na tragédia de sua protagonista. Na atual temporada, exibida aqui no Brasil pelo Sony Entertainment Television, além de manter o alto índice de condenações aos acusados sob sua responsabilidade, ela volta disposta a se encarregar dos casos mais difíceis e pode ser que surja até mesmo um novo romance. Assinada pelo papa das séries policiais, Jerry Bruckheimer (de “CSI”, “Without a Trace” e “Cold Case”), “Close to Home” estreou em 2005 nos Estados Unidos, com 21 episódios em sua temporada inicial. Apesar de não obter as maiores audiências da CBS, seu canal produtor, nem ter conquistado nenhum prêmio até agora – pelo contrário, recebeu diversas críticas -, ela foi renovada e, com as mudanças na trama, o drama
ganhou um novo fôlego. Com toques de suspense, roteiro verossímil e um grande realismo, “Close to Home” conquistou uma legião de fãs que acompanha Annabeth na difícil missão de lutar por justiça, enquanto cria sua pequena filha, agora sem o apoio de seu amado esposo.
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