Aviões de guerra da coalizão atingiram forças terrestres líbias em uma cidade estrategicamente importante no leste nesta sexta-feira (25), dando sequência a uma campanha de quase uma semana.
Em Trípoli, moradores relataram outra incursão aérea pouco antes do amanhecer, com o estrondo de um avião de guerra seguido por uma explosão distante e disparos de fogo antiaéreo.
As operações dos aliados para impor uma zona de exclusão aérea e deter a violenta repressão contra o levante popular recebeu mais apoio árabe quando os Emirados Árabes Unidos disseram que irão participar, mas a França alertou que o conflito não será breve.
Guillaud afirmou que um avião francês destruiu uma bateria de artilharia das forças de Kadhafi perto da fronteira de Ajdabiyah, cidade do leste a 150 km de Benghazi. Ajdabiyah tem importância estratégica para os dois lados, já que domina a rodovia costeira rumo ao oeste.
Em Londres, o Ministério da Defesa disse que aviões britânicos Tornado também têm atuado na região, disparando mísseis na noite de quinta para sexta-feira em veículos militares líbios que ameaçavam civis.
Autoridades da Otan disseram que no domingo se deve decidir se o mandato será ampliado para que assuma o comando total, incluindo ataques a alvos terrestres para proteger áreas civis sob ameaça das forças de Gaddafi.
Diferenças a respeito da abrangência que a resolução da ONU concedeu para a ação militar contra o exército de Kadhafi levaram a dias de debates acalorados na Otan sobre seu papel na operação.
Os Estados Unidos, com operações militares no Iraque e no Afeganistão, anseiam em se retirar e desempenhar um papel coadjuvante na Líbia para preservar a unidade da aliança e manter o apoio de países muçulmanos para a intervenção, feita a mando das Nações Unidas.
A Turquia desejava poder usar seu poder de veto na Otan para limitar as operações aliadas contra a infraestrutura líbia e evitar baixas entre civis muçulmanos resultantes dos ataques aéreos da coalizão.
A despeito da estrutura aparentemente frágil do novo comando em planejamento e das ressalvas árabes com o uso da força, a operação continua a receber apoio para além do Ocidente.
Os Emirados Árabes Unidos enviarão 12 aviões para participar das operações de aplicação da zona de exclusão aérea na Líbia, informou a agência estatal do país.
O Qatar já contribuiu com dois caças e dois aviões militares de apoio para ajudar neste esforço.
E na ONU, enviados disseram que o Sudão discretamente concedeu permissão para o uso de seu espaço aéreo para as nações que mantêm a zona de exclusão aérea. O embaixador sudanês na ONU, Daffa-Alla Elhag Ali Osman, nem confirmou nem negou esse relato.
Fonte: G1
Por Leticia Andrade
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