Em comemoração ao aniversário do OC e à inauguração do site, resolvemos fazer desse, um mês especial. Então durante todo esse mês, teremos reportagens diárias sobre vários assuntos.
Bom, como o halloween acabou de passar e todos ainda estamos no clima para criaturas lendárias, monstros e assombrações, decidi escrever sobre vampiros. É isso mesmo, durante todo esse mês, todos os dias você vai ter a chance de saber um pouco mais sobre o universo dos senhores da noite.
Começando hoje com: A ORIGEM DA LENDA
Os vampiros podem, sem dúvidas, ser considerados as criaturas mais fascinantes dentre as criaturas míticas, e durante esse ano, também se tornou a mais pop delas.
Depois, principalmente, do sucesso estrondoso que a série Crepúsculo, escrita por Stephenie Meyer, se tornou nos Estados Unidos, tudo a respeito do universo dessas criaturas malignas e ainda assim assim extremamente charmosas e sedutoras, virou febre.
Desde o temível e cruel Conde Drácula até o romântico e bem-comportado Edward Cullen, há séculos os senhores da noite mexem com o imaginário de civilizacões inteiras ao redor do mundo.
A origem desses seres (mortos vivos, não mortos, ou qualquer outra das muitas nomenclaturas existentes) remonta a tempos muito antigos. Em povos da Mesopotâmia, Grécia e Roma antigas, por exemplo, já existiam histórias e lendas a respeito de criatuars monstruosas que bebiam sangue. Mas foi só na Europa que o mito moderno tomou forma, e é a eles que devemos também o termo com o qual descremevos a criatura hoje. A palavra vampiro só se popularizou após 1734, ao aparecer na língua inglesa, ela nasceu do russo upir que viraria vampir (em sérvio) e, depois, vampire (em inglês). Nesse continente, o pavor diante dos vampiros chegou a tal ponto em que várias pessoas foram mortas sob a acusação de ser um deles. Isso sem falar na quantidade de cadáveres que foram exumados e levaram uma estaca no peito.
A CIÊNCIA DOS VAMPIROS
Hoje em dia, eles não passam de seres mitologicos (para a maioria de nós pelo menos, se você acredita, nada contra), mas até o século XVIII, acreditava-se que esses mortos vivos de fato existiam, e a idéia causava histeria na população. Isso se dava principalmente por causa da falta de conhecimento sobre o ciclo de decomposição do corpo humano e de algumas doenças que podem originar aparência e até mesmo certos comportamentos vampirescos.
Corpo imaculado
No passado desconhecia-se que dependendo da temperatura, da umidade e do tipo de solo, o tempo de decomposição dos cadáveres pode variar, então, se um caixão fosse aberto e o corpo estivesse preservado, não havia dúvida: tratava-se de um vampiro.
Sangue do diabo
Durante a decomposição do corpo, é possível que sangue e outros fluídos sejam expelidos por suas cavidades, mas, adivinha só: ninguém sabia disso também. Portanto se o defunto tivesse sangue na boca ou no nariz, estaca nele.
Diagnóstico do terrorÀs vezes, eram achados corpos retorcidos ou com expressão de pavor nas tumbas.
O que eles consideravam um sinal de que era um vampiro, na verdade tinha outro motivo: os erros de diagnóstico faziam com que pessoas com doenças como a catalepsia (que causa total imobilidade do corpo), fossem tidas como mortas e enterradas vivas.
Vida após a morteDepois que morremos, as unhas e cabelos dão a impressão de continuar crescendo por causa de refluxos da pele. Além disso, os gases do corpo se expandem, aumentando o abdome, o que levava o povo a acreditar que o cadáver tinha se alimentado recentemente.
Epidemias fataisAs mortes em série causadas por epidemias de doenças pouco conhecidas na epóca, como raiva, cólera ou peste bubônica, acabavam sendo atribuídas à vampiros, além disso, portadores de raiva podem sofrer de hipersensibilidade ao sol, e a peste bubônica podia causar sangramentos pela boca, o que fazia com que se pensasse que estas pessoas eram, na verdade, vampiros.
Palidez doentia
Certas pessoas acusadas de vampirismo podiam na realidade, ser portadores de porfiria, uma doença rara catalogada apenas no fim do século XIX. As vítimas são altamente sensíveis à luz solar, podem sofrer delírios e ter boca e dentes avermelhados. Por não saírem de casa durante o dia, são pálidas como os vampiros.
Exorcismo psicológico
Com o fim do período de caça às bruxas na Europa, houve uma explosão de casos de vampirismo. Os vampiros acabaram servindo como uma alternativa para a população "exorcizar" os males que a afligiam, e muita gente foi parar na fogueira, como o cientista Ludovico Fatinelli, autor de um livro sobre vampiros (veja abaixo).
GÊNESE VAMPIRESCA
Em 1616, o italiano Ludovico Fatinelli publicou o livro Tratado sobre Vampiros, que defendia que o vampirismo era causado por um vírus. Isso provocou a ira da igreja, e Fatinelli acabou na fogueira, acusado de heresia. Veja a teoria de Fatinelli no quadro abaixo.
Amanhã, na continuação A ANATOMIA DO MONSTRO, saiba como funciona o corpo dessa criatura.
Fonte: Mundo Estranho
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