22 março, 2011

Nova missão em busca de destroços da aeronave Airbus A-330

As causas do acidente com o voo AF 447 da Air France podem estar perto de ser esclarecidas. Uma nova missão em busca de destroços e das duas caixas pretas da aeronave Airbus A-330 teve início ontem e vai vasculhar uma área ainda não explorada de 10 mil quilômetros quadrados no Oceano Atlântico a 1,5 mil quilômetros de distância da costa brasileira. 

A expectativa do Escritório de Investigação e Análise (BEA), autoridade francesa encarregada da apuração das causas técnicas do acidente, é que, com a ampliação da área de buscas e a utilização de submarinos Remus 6000 - o mesmo modelo utilizado na missão que encontrou destroços do Titanic - a tarefa possa ser concluída no prazo de quatro meses.


Esta será a quarta vez que pesquisadores estrangeiros procuram restos da aeronave desde que ocorreu o acidente, na noite do dia 31 de maio de 2009. O voo fazia a rota Rio de Janeiro - Paris e levava 228 pessoas a bordo, sendo 59 brasileiras. A missão deve custar US$ 12,5 milhões e será paga pelas empresas Air France e Air Bus, ambas indiciadas, na semana passada, por homicídio culposo pela Justiça francesa. Em fevereiro, o BEA e o Ministério dos Transportes francês já haviam anunciado que iriam retomar as buscas.


As buscas serão feitas pelo navio de exploração Alucia, uma embarcação norte-americana multifuncional, que levará 31 pessoas a bordo, entre pesquisadores e consultores franceses, alemães e norteamericanos. 
A missão será dividida em três fases de cinco semanas, passando, em cada uma delas, 36 dias em alto mar. A previsão é que o barco deixasse o Porto de Suape hoje pela manhã em direção ao local alvo da investigação. 
Uma circunferência de 16.277 quilômetros quadrados de área foi delimitada para a realização dos trabalhos, que serão realizados pela entidade norte-americana Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI), a mesma que localizou o Titanic
  
Na missão anterior, sete mil quilômetros quadrados desse território foram vasculhados sem sucesso. ´Antes, estava sendo usado o equipamento apropriado, mas não foi pesquisado no lugar certo. Agora, vamos cobrir a área onde realmente o avião caiu`, afirmou o diretor do BEA, Jean-Paul Troadec.


Segundo o diretor de projetos especiais do WHOI, Dave Gallo, o que dificulta as buscas é que o terreno submarino é extremamente montanhoso e rochoso, com profundidades que variam de 500 metros a quatro quilômetros. Essa área será rastreada por três submarinos Remus 6000, que são dotados de sonares capazes de diferenciar rochas de outros elementos e com autonomia para passar até 22 horas embaixo d'água. Após localizarem os destroços e fazerem o mapeamento da área, os pesquisadores farão uma quinta missão para retirar o que for encontrado do fundo do mar.

Fonte: diariodepernambuco.com


Por Leticia Andrade
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