20 fevereiro, 2011

Trabalhadores brasileiros – em qual grupo você se encaixa?


Um levantamento realizado pela consultoria Hay Group mostra que 33% dos trabalhadores brasileiros estão acomodados em seus empregos. Eles se enquadram em um grupo chamado pela pesquisa de “inefetivos”: trabalham sem perspectivas em relação à companhia, não se imaginam na empresa durante os próximos cinco anos e ainda não pediram demissão por motivos pessoais - gostam dos colegas, do salário ou não têm outra colocação em vista, por exemplo.
O número é um pouco acima da média mundial, de 30%, segundo o estudo. A pesquisa foi feita no primeiro semestre de 2010 com base no banco de dados da consultoria e atualizada em julho. Foram avaliados 75 mil funcionários de 28 empresas espalhadas pelo país e que atuam em diferentes setores: indústria, serviços, bens de consumo, energia e saúde.
Apesar de a média brasileira estar próxima à mundial, a gerente da Hay Group, Caroline Marcon, faz um alerta: o grupo de inefetivos (ou acomodados) é o mais difícil de ser recuperado pela empresa. Ela explica que eles estão desmotivados, pois perderam “a garra de fazer mais”, e que isso reflete no desempenho financeiro da companhia.
A Right Management, consultoria em gestão de carreiras, também divulgou uma pesquisa na qual mostra que 62% dos brasileiros se sentem desmotivados com o trabalho. O termo é “desengajados”: esses trabalhadores não se identificam com a companhia.
Do total, 36% disseram que querem sair do emprego; 22% afirmaram que a possibilidade de mudar realmente existe, e outros 22% garantiram já estar preparando o currículo para sair. A pesquisa foi feita com quase mil funcionários em diferentes cidades do Brasil entre junho e julho de 2010.
A insatisfação existe nos mais diferentes cargos e independe da idade do profissional, afirma a gerente Caroline, da Hay Group. A Hay Group não pode divulgar os dados por segmento e nem por região, mas ela conta que as frustrações normalmente começam no segundo ou no terceiro ano de trabalho. As maiores insatisfações, no entanto, acontecem entre o terceiro e o sexto ano na empresa, quando o funcionário tem mais expectativa de reconhecimento.
Nos primeiros meses, as pessoas estão em “lua de mel” com a companhia. Segundo Caroline, os dados favoráveis nesse período são mais altos. E quem fica mais de seis anos no mesmo trabalho é porque já passou da fase de questionamentos.
Carolina Stilhano, gerente de comunicação da Catho Online, faz uma observação importante: o mercado de trabalho está aquecido, existe um “apagão de talentos” e a mão de obra qualificada está muito disputada pelas empresas. Ou seja: este é um bom momento para quem estiver insatisfeito tentar mudar de área.
- O responsável pela sua carreira é você. É uma questão pessoal sua, e você é o único que pode resolver isso.

Diálogo
Conversar com o chefe é a principal indicação dos especialistas para acabar com os problemas profissionais. Mas Tony Santora, vice-presidente da Right Management, destaca que é importante saber diferenciar uma reunião sobre carreira de uma conversa para fazer pedidos.
- É bom sempre ter algo concreto sobre o que discutir; organizar o material que você produziu para dizer: “estive pensando, fiz coisas boas. O que você recomenda?”. É uma avaliação de desempenho.
Santora dá algumas dicas para encontrar um novo emprego: manter a rede de contatos e o currículo sempre atualizados, além de participar de uma associação local – assim, é possível estar sempre por dentro do que acontece no seu mercado.
Fonte: r7

Por Leticia Andrade 

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