10 novembro, 2010

Com medo de vírus em PC, músico entrega US$ 20 milhões a criminosos .

Técnicos de informática disseram que ele estava em ‘grave perigo’.
Falso golpe envolvia grupo criminoso de Honduras e até a Opus Dei.


Roger Davidson pagava US$ 160 mil para se proteger de ameaça fictícia.
Roger Davidson pagava US$ 160 mil por mês para
se proteger de ameaça fictícia.

O pianista americano Roger Davidson foi vítima de uma fraude praticada por um casal de Nova York desde 2004, segundo acusação da polícia, e acabou perdendo cerca de US$ 20 milhões ao pagar por suposta proteção contra um vírus de computador.

Vickram Bedi, 36, e sua namorada Helga Invarsdottir, 39, eram donos de uma assistência técnica de informática e tiveram seus serviços solicitados por Davidson para remover um vírus do seu computador. Quando souberam da fortuna do músico, afirmaram que o código malicioso fazia parte de uma conspiração que envolvia criminosos em Honduras e a organização católica Opus Dei na Polônia.

O tio de Bedi, um militar na Índia, afirmou que teria ido até Honduras investigar o computador de origem do ataque, onde teria confirmado a complexidade do caso. Davidson precisaria, por isso, pagar para ter proteção 24 horas, além dos serviços de recuperação de dados e limpeza do vírus.

As cobranças realizadas pela Datalink Computer Products no cartão de crédito de Davidson somam seis milhões de dólares (cerca de R$ 10 milhões). O prejuízo total do músico pode ter chegado a US$ 20 milhões (R$ 34 milhões), segundo as autoridades envolvidas no caso.

O casal de golpistas foi preso na última semana. Eles se preparavam uma fuga para a Islândia, terra natal de Invarsdottir.

Davidson foi produtor do disco “Te Amo Tango”, vencedor do Grammy em 2007. Sua música é inspirada por ritmos argentinos e brasileiros, segundo o seu website oficial. Seu disco mais recente é o “Brazilian Love Songs” (“Canções de Amor Brasileiras”), que reúne as composições do músico baseadas em ritmos brasileiros.

Os pagamentos pelos serviços de proteção fictícia, que começaram em 2004, só pararam recentemente. Se condenados, os fraudadores podem pegar de 8 a 25 anos de prisão.

Fonte: G1

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